Abstract

Este trabalho tem como objetivo, a partir da aproximação entre elementos estéticos e teóricos, debruçar-se sobre o conceito de gestus social na obra de Bertolt Brecht, com atenção especial voltada para a relação entre sua teoria do teatro épico e seus escritos em prosa concatenados em Histórias do sr. Keuner. Ao considerar a produção artística como um laboratório experimental de (des)montagem de pormenores significativos, as fronteiras entre formas de arte e formas de vida se diluem numa reinvenção da técnica de linguagem. Além disso, ao tomar a história como montagem, no caminho contrário ao historicismo clássico, ele desestabiliza paradigmas epistemológicos da história da arte para pensar a arte construída a partir da sobrevivência de imagens – gestus.

Highlights

  • Pensar a atualidade da obra de Bertolt Brecht bem como de sua teoria da arte requer um olhar, um ponto de vista, ou como o coloca Georges Didi-Huberman (2017) em Quando as imagens tomam posição – O olho da história I, uma tomada de posição, que ultrapasse a linearidade crônica do historicismo e seus pressupostos – e preconceitos – teóricos para entendê-la como história da sobrevivência de imagens, de ruínas

  • Cuja relação com o dramaturgo alemão se intensifica a partir do contato com Walter Benjamin (1892 – 1940), falar de Brecht é caso de relação incerta entre poesia e política, capítulo inescapável de qualquer tentativa de apreensão do desenvolvimento das vanguardas da arte moderna, com a qual Brecht estabelece uma relação complexa

  • Enquanto o primeiro transita no terreno entre diário de pensamento e lírica de guerra, o segundo diz respeito à união entre imagens de crimes e textos de poesia que subvertem o sentido pedagógico clássico das cartilhas de alfabetização, ou os ABCs... – são obras em que o aspecto da montagem parece sobressair ao conteúdo da enunciação

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Summary

Introduction

Pensar a atualidade da obra de Bertolt Brecht bem como de sua teoria da arte requer um olhar, um ponto de vista, ou como o coloca Georges Didi-Huberman (2017) em Quando as imagens tomam posição – O olho da história I, uma tomada de posição, que ultrapasse a linearidade crônica do historicismo e seus pressupostos – e preconceitos – teóricos para entendê-la como história da sobrevivência de imagens, de ruínas.

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