Abstract

O trabalho adota como ponto de partida os distintos modelos organizacionais que operam sobre as escolas e sua relação com a dimensão normativa das políticas – modelos decretados, interpretados, recriados e praticados, que se articulam em uma complexa relação de legitimação, adesão e infidelidades normativas no cotidiano das instituições, aplicando tal referencial à análise das políticas curriculares do município de São Paulo durante a crise pandêmica de COVID-19, estruturadas a partir do Currículo da Cidade. Analisou-se desde documentos de caráter normativo gerais e locais até depoimentos sobre práticas, através de entrevistas com educadoras das escolas pesquisadas. A análise foi organizada em quatro vertentes de implementação das políticas curriculares: projeto político-pedagógico da escola (PPP), formação de professores, materiais didáticos e avaliação. Assim, considerando o debate acerca das reformas gerenciais na educação, o presente trabalho pretende analisar as práticas mobilizadas nas escolas a partir das orientações normativas específicas emanadas em 2020 e 2021. Com enfoque na compreensão da noção de “objetivos de aprendizagem”, discute-se, a partir da literatura, as implicações disso nas políticas curriculares implantadas no Brasil tendo como campo de análise as orientações curriculares do município de São Paulo e a forma que essas orientações mobilizaram a organização escolar, afetando a noção de Educação e de gestão escolar em tempos de crise.

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