Abstract

Este trabalho tem como objetivo principal discorrer sobre alguns aspectos da teoria semiótica francesa que se convergem com os estudos da tradução, de maneira a alargar as perspectivas desse último campo de estudo e, assim, contribuir para o desenvolvimento de pesquisas em semiótica na área tradutológica. O artigo em questão, além de seguir uma perspectiva analítico-descritiva, fundamentada em pesquisa bibliográfica, pautou-se pela aplicação dos conceitos em um corpus pré-determinado – mais especificamente, quatro resumos e abstracts de artigos científicos da área de psicologia. Mediante uma perspectiva enunciativa, o tradutor é compreendido como um agente copartícipe na construção de sentidos do enunciado traduzido, não se restringindo à transposição de significados já dados. A práxis enunciativa da tradução, sob esse ângulo, pode se pautar por uma orientação mais conservadora e literal, voltada especialmente para textos de cunho referencial, ou um posicionamento mais libertário, principalmente em textos literários e poéticos. No corpus analisado, percebe-se que a literalidade, apesar de configurar-se como prática predominante, se revelou entrecortada por gestos mais liberais, que exigiram modificações na estrutura léxico-gramatical do texto-fonte e, em certos casos, em reordenamentos semânticos mais significativos, embora o sentido global do texto original tenha sido preservado.

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