Abstract

Hermes Fontes nasceu em Boquim (SE), em 1888, e foi considerado, desde a publicação de sua primeira obra – Apoteoses (1908), um dos mais importantes poetas brasileiros de sua geração. Em seu espólio, salvaguardado no museu Raimundo Fernandes da Fonseca, localizado em sua cidade natal, encontra-se um conjunto significativo de correspondências enviadas a parentes e amigos, as quais já foram objeto de pesquisa. Revisitar seu espólio epistolar, considerando as condições materiais de produção e de salvaguarda, a circulação e o acesso aos seus escritos, além do conteúdo dos textos, torna possível proceder à crítica interna e externa dos documentos e lançar questionamentos que contribuirão para a chamada crítica genética, que visa interpretar e sistematizar os sucessivos estágios de construção de uma obra, ressignificando, assim, a importância da obra de Hermes Fontes e o seu lugar na literatura brasileira. Desta forma, este trabalho, fundamentado nos pressupostos teóricos e metodológicos da Filologia, visa apresentar considerações sobre o espólio epistolar de Hermes Fontes e propor uma edição semidiplomática justalinear de um conjunto de 44 cartas manuscritas produzidas pelo poeta entre 1903 e 1930.

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