Abstract

As discussões realizadas neste trabalho se situam no debate sobre a Natureza da Ciência (NdC) no ensino de ciências. Defendemos que os conteúdos metacientíficos que dão forma às abordagens histórico-filosóficas no ensino precisam sofrer atualizações que façam frente aos desafios políticos, sociais e educacionais impostos pelos nossos tempos, nos quais movimentos anticientíficos e discursos exageradamente relativistas ganham força. Advogamos por discursos críticos às visões “positivistas ingênuas” sobre a ciência, mas que ao mesmo tempo seja capaz de dar conta de suas virtudes epistêmicas, configurando uma estratégia de resistência a formas exageradas de relativismo epistêmico. Mais especificamente, localizamos este debate dentro do problema da mudança científica, tópico da filosofia da ciência que dialoga com temas considerados relevantes no ensino da Natureza da Ciência. Apresentamos as contribuições do realismo estrutural para a construção de um discurso moderado frente aos dilemas relacionados ao caráter provisório e descontínuo da ciência por um lado e, por outro, sua possibilidade de progresso e compromisso com a verdade e com a realidade.

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