Abstract

Objetivo: Este estudo investigou os efeitos da incerteza sobre a política econômica nos investimentos corporativos de empresas de capital aberto listadas no Brasil no período de 2010 a 2020. A incerteza sobre a política econômica pode intensificar o valor da opção de espera por novas informações e provocar atrasos nos investimentos corporativos das empresas, conforme sugere a Teoria das Opções Reais. Método: Para analisar essa relação, utilizou-se o estimador do Método dos Momentos Generalizados Sistêmico, com dados em painel para uma amostra de 153 empresas, capaz de endereçar problemas de endogeneidade causados por dados dessa natureza. Resultados: Verificou-se que aumentos na incerteza sobre a política econômica provocam reduções nos volumes de despesas de capital das empresas, com efeitos persistentes em pelo menos 4 trimestres futuros. Ademais, os investimentos corporativos se mostraram mais responsivos à incerteza econômica geral, medida pelo Indicador de Incerteza da Economia – Brasil (IIE-Br), do que à incerteza sobre a política econômica, medida pelo Economic Policy Uncertainty Index (EPU). Contribuições: Confirmamos que a incerteza nas dimensões medidas pode atrasar os investimentos corporativos no Brasil. O modelo dinâmico proposto é adequado para previsão de respostas da firma à incerteza em períodos futuros. Este artigo contribui para um melhor entendimento da dinâmica das decisões de investimento corporativo no Brasil. Essas informações são úteis para analistas de mercado nas suas previsões, bem como órgãos governamentais na elaboração de políticas que garantam o equilíbrio dessas decisões.

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