Abstract

As injustiças permeiam o cenário literário, tanto de acervos públicos quanto dos catálogos de grandes editoras, o que evidencia posturas de segregação de sujeitos que são postos às margens do social, a saber: mulheres cisgênero e transgênero, negros, indígenas, pessoas com deficiências, sujeitos que se reconhecem como Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais, Queer, Intersexuais, Assexuais e outros mais (LGBTQIA+) etc. Isto posto, este artigo parte do seguinte questionamento: a Biblioteca Universal Guei contribuiu ativamente para o combate à injustiça epistêmica no cenário da mediação de literatura brasileira? Como objetivo geral, visa investigar a atuação do jornal Lampião da Esquina na ruptura do tecido social e cultural e, sobretudo, averiguar a contribuição da seção Biblioteca Universal Guei relacionando as Humanidades com uma atuação da bibliografia comercial pela justiça epistêmica. Fundamenta-se na abordagem sobre injustiça epistêmica e suas esferas (injustiça testemunhal, hermenêutica, curricular e participativa) e a relação dessas com a Bibliografia, Biblioteconomia e Ciência da Informação. Por fim, os resultados apresentam, nas páginas do Lampião da Esquina, periódico alternativo nacional voltado para o público gay, vendido em bancas de revista e por meio de caixa-postal em nível nacional, o confronto às lógicas injustiças e excludentes propagadas por violência simbólica e epistêmica.

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