Abstract

O conceito de Imagem Corporal (IC) vem sendo tratado por diferentes campos de conhecimento. Fenômeno multifatorial, envolve componentes perceptivos, cognitivos, afetivos, comportamentais e sociais. Este estudo propõe uma operacionalização do conceito de IC, a partir de um viés analítico-comportamental e contextual. Para tanto, realizou-se um levantamento sobre as principais propostas de IC na psicologia baseada em evidências, bem como nas propostas behavioristas. Então, partiu-se para um estudo teórico em busca da operacionalização da IC e suas contingências de instalação e manutenção, articulando os conceitos de self, identidade, seleção por consequências, comportamento simbólico. Apresenta-se IC como uma unidade funcional, produto das interações operantes e respondentes (públicos e privados), que envolvem, principalmente, tatos sobre si e sobre a aparência corporal e discriminação destas características a partir de modelos socialmente estabelecidos. Configura-se como um processo identitário ao ser um conjunto estável (embora flexível) de descrições de si a partir da IC e sua influência em outros repertórios comportamentais. A partir da análise de práticas culturais sobre corpo, beleza e atratividade e da Teoria das Molduras Relacionais, propõe-se o enfoque selecionista das práticas culturais e em como estas modificam as relações verbais que estabelecemos com o próprio corpo e, consequentemente, na maneira que se simboliza e age diante da própria imagem. Conclui-se que a IC se situa no campo das relações verbais e simbólicas estabelecidas nas aprendizagens (emocionais, operantes verbais e não verbais) selecionadas na relação do sujeito com as práticas culturais relacionadas ao corpo.

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