Abstract

Esse trabalho aborda o brincar entendido como uma atividade realizada pela necessidade da criança em interagir com e sobre o mundo exterior (pessoas e objetos), entendendo que é a partir das experiências eminentemente sociais que há sua inserção e apreensão do meio sociocultural. Neste sentido, brincar é uma atividade característica da criança, que acompanha e evolui ao ritmo do seu desenvolvimento, sendo este último entendido como processo dinâmico e dialético de interação entre o aparato biológico do ser humano e os estímulos oferecidos pelas relações/experiências com os pares e a cultura. Estudos recentes, advindos de diversas áreas do conhecimento, preconizam a concepção de criança como sujeito ativo e competente e a necessidade de as ações pedagógicas intencionais se ampararem em propostas que respeitem as peculiaridades, necessidades, desejos e direitos da criança, incluindo neste último, o de brincar. Desse modo, apoiando-se nos pressupostos teóricos de Henri Wallon, a investigação aqui exposta teve como propósito examinar as concepções de professores da pré-escola sobre o brincar, tendo ainda como objetivos específicos: apreender e analisar as concepções das professoras acerca do brincar na Educação Infantil; refletir sobre possíveis direções que propiciem um ambiente atraente, pensado para as crianças, que as valorizem como sujeitos completos, competentes e ativos. Para tanto, o estudo, de abordagem qualitativa, teve como participantes profissionais que atuam na pré-escola da cidade de Ladário-MS. A partir da análise dos dados obtidos, por meio de questionário misto, pode-se afirmar que as profissionais indicam compreender o brincar como ferramenta de auxílio no processo ensino-aprendizagem, utilizando-o como instrumento que permite a criança assimilar conteúdos. De outra forma, está presente no discurso das profissionais a importância e a valorização do brincar como prática cotidiana; porém, o olhar para a descrição de suas práticas deixa claro o desencontro de suas afirmativas, evidenciando o predomínio de ações que não condizem com as concepções apresentadas.

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