Abstract

Por muito tempo, o apelo de teorias expressivistas dominou o debate na metaetica. O irrealismo normativo, representado na discussao pelo expressivismo, tomou de assalto o debate e por alguns anos pareceu ter enterrado as pretensoes realistas. Uma tendencia marcante na discussao mais atual e o surgimento de teorias que reconhecem um nucleo de verdade importante na visao realista-normativa, ja que o expressivismo aparentemente nao conseguiu superar todos os desafios de oferecer uma alternativa que exclua o cognitivismo. De Simon Blackburn e seu quase-realismo ao expressivismo ecumenico de Michael Ridge, o debate agora busca compatibilizar as vantagens do irrealismo com a interpretacao intuitivamente plausivel da linguagem e da pratica da moralidade contida no realismo normativo classico, que nunca deixou de ser o ponto de partida para qualquer abordagem metaetica. O presente trabalho expoe, traca paralelos e confronta essas duas contribuicoes para a reinterpretacao da abordagem expressivista em metaetica. Apesar dos meritos inegaveis das duas contribuicoes, o trabalho procura revelar algumas questoes abertas que, ao contrario das intencoes declaradas pelos autores originais, reaproximam essas formas mais atuais e sofisticadas da teorizacao metaetica aos pontos de vista classicos que elas pretendem superar. Palavras-chave : expressivismo, quase-realismo, ecumenismo metaetico, meta-semântica, Blackburn, Ridge.

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