Abstract

Os povos e comunidades tradicionais do Brasil enfrentam diversos problemas relacionados a posse e gestão territorial. Essa parcela da população pode encontrar na Cartografia ferramentas que as auxiliem nessa luta. Essas ferramentas cartográficas, que abarcam as geotecnologias e o automapeamento, são pouco utilizadas de forma integrada. Explorou-se aqui, o potencial da aplicação conjunta do mapa social com as Geotecnologias no processo de gestão territorial para comunidades tradicionais. Baseou-se na análise da experiência de automapeamento realizada na Comunidade Buriti do Meio, no norte de Minas Gerais, pelo projeto Nova Cartografia Social da Amazônia, bem como no mapeamento de uso e cobertura da terra da comunidade. Com a associação dos dois produtos foi possível reafirmar a situação conflituosa vivenciada pela comunidade com fazendas vizinhas. É urgente a regularização do processo de demarcação territorial da comunidade quilombola Buriti do Meio, já aberto pelo INCRA em 2005, para que possam sobreviver e manter seu modo de vida tradicional.

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