Abstract

Com base no quadro teórico da Análise do Discurso de tradição francesa, particularmente em trabalhos recentes de Dominique Maingueneau (2006, 2008) sobre o que refere por discurso literário, focalizamos neste artigo um estudo de caso: o funcionamento da autoria de Jane Austen. Mobilizamos, para tanto, noções constitutivas da paratopia criadora, a saber, escritor, inscritor e pessoa. E, então, consideramos, além da produção dos textos autorais, material biográfico e variados estudos que circulam sobre a romancista, que tem fãs no mundo todo, entre os quais muitos se organizam em grupos de estudos e de celebração. Assim, tendo em vista o contexto social da Inglaterra na passagem do século XVIII para o XIX, quando é publicada a obra de Austen, procuramos compreender os elementos constitutivos da consagração da autora, que publicou sob pseudônimo e é aclamada hoje pela construção do que podemos chamar de uma “combativa identidade feminina”.

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