Abstract

A partir de um inventário dos textos de cariz normativo presentes entre os códices produzidos no scriptorium do mosteiro de Alcobaça durante os séculos medievais, pretende-se equacionar a sua importância e funcionalidade, tanto na consolidação de uma unanimidade que Cister procurava construir e afirmar em torno de um mesmo ideal de vida, fiel ao espírito original da Regra de São Bento, como na reforma que, desde as primeiras décadas do século XV, se procura introduzir no cenóbio alcobacense por via de abades fortemente marcados por experiências de renovação da vida religiosa e próximos da corte régia. Atender-se-á, de forma particular, ao abaciado de Frei Estêvão de Aguiar (1431-1446) e ao seu esforço de tradução dos textos normativos fundamentais da Ordem como caminho para uma proposta renovada de vivência do ideal cisterciense.

Highlights

  • Carta Caritatis (Mahn 1951: 60 e ss), os Ecclesiastica Officia (Choisselet e Vernet 1989) e o Usus Conversorum (Waddell 2000)

  • Constance Berman, colocaram em causa as cronologias, por motivos distintos, lançando a hipótese de os textos serem mais recentes, fruto de rearranjos posteriores

  • Estas vão ser cristalizadas no texto Usus Conversorum que, à semelhança dos textos anteriores, também conheceu várias versões ou recensões (Nascimento 1999a: 89; Waddell 2000 e France 2013: 84 e 85)

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Summary

A normativa cisterciense e o scriptorium de Alcobaça

Os códices com origem nos scriptoria monásticos respondem, em larga medida e em primeiro lugar, aos interesses e às necessidades dos monges e da comunidade. E sobre os textos normativos, que códices e/ou que textos copiou o scriptorium de Alcobaça e em que data?. Tal como mencionámos atrás, e à semelhança de outros mosteiros, os textos normativos não foram copiados sozinhos, mas agregados com outros. Dois destes códices foram estudados por Chrysogonus Waddell na sua edição dos Statuta, o Alc. 185 e o Alc. 187 (Waddell 2002: 527 e 528; Waddell 1999: 48 e ss). Códices normativos com origem no scriptorium do Mosteiro de Alcobaça. Fl. 102 ao 109v Da comemoração de Santa Maria e outras indicações litúrgicas Fl. 109v ao 113 Das festas em que os conversos não trabalham e Horas que os conversos devem dizer.

Waddell 1999
Estêvão de Aguiar e a reforma de Alcobaça
22 Da carta de fundação conservam-se três originais
Amos 1989
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