Abstract
Este artigo visa compreender as relações existentes entre diferentes formas de pobreza e, assim, verificar se um determinado tipo de carência inibe a capacidade de o indivíduo superar de outras formas de privações. A abordagem utilizada para entender os mecanismos que regem as relações entre distintos níveis de pobreza remete-se a rede bayesiana. Os dados utilizados referem-se às informações sobre renda, saúde, educação e habitação para 5.565 municípios brasileiros entre 1970 e 2010, sendo a fonte de tais informações devida ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os resultados destacam a existência de relações entre as facetas da pobreza analisadas. Foram observadas influências diretas de todas as privações sobre as condições de saúde, indicando que precariedades em saúde normalmente surgem em ambientes onde outros tipos de carências afloram. O indicador de educação reflete informações sobre a privação monetária, sendo tal relação de caráter positivo. Por fim, carências monetárias são responsáveis por limitar, também, o acesso a uma moradia digna e a uma condição de vida mais salutar.
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