Abstract
Este artigo faz a articulação entre a experiência e a narrativa de uma agora adulta, mas antes criança queer, com a produção de outras formas de vida que não aquelas enquadradas pelo cis-hetero-patriarcado. Atentando para a inseparabilidade da produção de conhecimento e da vida, esta escrita é afetada, e portanto seus objetivos não vão além de (des)produzir incômodo e ruptura. Compreendendo como fundamentais para a produção da vida ferramentas como o fracasso, os encontros, a tristeza e o reconhecimento de si, a escrita tece um diálogo entre vida e morte, complementares e concomitantes. O percurso metodológico intersecciona cartografia e autoetnografia, apontando para a relação entre experiência, narrativa e criação de outras formas de ser e estar no mundo. Em um tom de manifesto, a escrita sinaliza para a relação de reciprocidade entre o ser e o viver, e é uma escrita queer, desestruturada e fracassada, e por isso mesmo, potente e viva.
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