Abstract
Inserindo-se no quadro teórico-metodológico da Análise de Narrativa (RIESSMAN, 1993; 2008; BASTOS, 2005, 2008), este estudo vale-se de estudos canônicos (LABOV; WALETZKY, 1967; LABOV, 1972) e interacionais (NORRICK, 2000; GOODWIN, 1986) para investigar a construção colaborativa da narrativa e as construções discursivas de uma pessoa com afasia. Elegendo a proposta das dimensões da narrativa de Ochs e Capps (2001) como categoria analítica, pudemos observar um alto envolvimento das conarradoras na construção da narrativa, sobretudo em seu encaixe na atividade discursiva, bem como a emergência da linearidade também como um empreendimento que conta com a cooperação das conarradoras. Além disso, destacaram-se as habilidosas escolhas retóricas da narradora (de recursos avaliativos) na construção da alta historiabilidade de sua narrativa, e seu alinhamento a uma postura moral positiva, determinada e constante.
Highlights
Resumo: Inserindo-se no quadro teórico-metodológico da Análise de Narrativa (RIESSMAN, 1993; 2008; BASTOS, 2005, 2008), este estudo vale-se de estudos canônicos (LABOV; WALETZKY, 1967; LABOV, 1972) e interacionais (NORRICK, 2000; GOODWIN, 1986) para investigar a construção colaborativa da narrativa e as construções discursivas de uma pessoa com afasia
A afasia é uma perturbação nos processos de significação, em que há alterações linguísticas, com repercussões no funcionamento discursivo, sendo causada por lesão cerebral decorrente de acidente vascular cerebral (AVC), traumatismo crânioencefálico (TCE), tumor, entre outras afecções neurológicas
Apostando nessa capacidade de pessoas com a afasia de lidar com a linguagem, o interesse deste artigo se volta para as construções discursivas dessas pessoas, ao invés de se voltar para os déficits por elas apresentados, deslocando, então, o foco da patologia para o indivíduo (e suas construções discursivas) que a apresenta
Summary
A afasia é uma perturbação nos processos de significação, em que há alterações linguísticas, com repercussões no funcionamento discursivo, sendo causada por lesão cerebral decorrente de acidente vascular cerebral (AVC), traumatismo crânioencefálico (TCE), tumor, entre outras afecções neurológicas. Apostando nessa capacidade de pessoas com a afasia de lidar com (usar) a linguagem, o interesse deste artigo se volta para as construções discursivas dessas pessoas, ao invés de se voltar para os déficits por elas apresentados, deslocando, então, o foco da patologia (do déficit) para o indivíduo (e suas construções discursivas) que a apresenta. Embora este seja um estudo que envolve uma pessoa com afasia, sua meta não consiste em analisar os déficits linguísticos apresentados, mas, ao contrário, consiste em tentar entender como essa pessoa, juntamente com os outros participantes da interação, constrói sua história de AVC. A partir desse lugar, então, esta pesquisa almeja agregar mais um modo de se olhar para narrativas de pessoas com afasia aos estudos que vêm sendo desenvolvidos nesse campo
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