Abstract

Este artigo aborda a presença dos muros de Taipas, construídos com matacões de rocha, localizados na parte baixa do Parque Nacional de São Joaquim (PNSJ), no município de Orleans/SC. Visa identificar as dimensões e as funcionalidades, e analisar o estado de conservação desses monumentos que têm origem nos tempos do Tropeirismo. A análise da distribuição espacial e do estado de conservação dos muros de Taipas permite pontuar as ameaças antrópicas e naturais, que comprometem o patrimônio material, prejudicando o registro, o estudo científico, as práticas educativas e turísticas possíveis de serem desenvolvidas no território do Parque. Para identificação do estado de conservação, foram realizadas três incursões em campo, duas de reconhecimento e delimitação da área de estudo e uma para mapeamento e tomada de dados das estruturas de Taipas. A ficha de registro utilizada foi adaptada de Herberts (2009). As estruturas foram fotografadas, sua localização foi registrada por meio de receptor Global Position Sistem (GPS) e foram realizadas tomadas aéreas com drone, para análise e geração de dados em ambiente de Sistema de Informações Geográficas (SIG). Foram analisadas cinco estruturas distintas, cujos resultados indicam o predomínio do estado de conservação parcial. Porém, observa-se que, no contexto atual, há o cuidado dos proprietários de terras pertencentes ao Parque, mas que ainda não foram desapropriadas, no sentido da conservação das Taipas. Identificou-se também diversos fatores de destruição do patrimônio, o que compromete seu uso como atrativo turístico e cultural. Ações urgentes se fazem necessárias, no sentido de dar visibilidade e promover o reconhecimento, principalmente, por parte da comunidade local, sobre a importância das Taipas como elementos patrimoniais, constituintes da paisagem cultural resultante do Tropeirismo.

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