Abstract

Murilo Mendes informa em textos autobiográficos que foi um cuidadoso leitor de poemas. Daí resultou o povoamento da memória por um numeroso acervo de imagens e referências, muitas das quais foram distribuídas em vários dos seus poemas. Rastrear a presença dessa matéria alheia na poesia de Murilo é um modo de captar interpretações e possibilidades de expressão percebidas no que assimilou. Também se podem captar os processos de composição poética baseados na ressignificação de imagens e unidades rítmicas incorporadas. O corpus de poemas e textos aqui abordado pretende mostrar como a incorporação – etimologicamente “junção”, “enfeixamento” – do alheio permitiu a Murilo Mendes, entre outras possibilidades, ponderar a figura do poeta na modernidade

Highlights

  • Murilo Mendes says in autobiographical texts that he was a careful reader of poems

  • His memory was peopled by a large collection of images and references, many of which the poet distributed in several of his poems

  • It is possible to realize the poetical composition processes based on the embedded images and rhythmic units redefinition

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Summary

Introduction

Murilo Mendes says in autobiographical texts that he was a careful reader of poems. his memory was peopled by a large collection of images and references, many of which the poet distributed in several of his poems. Esse entrelaçar de Orfeus do mundo antigo se verifica no poema de Murilo Mendes por meio daquilo que é talvez o núcleo mesmo de todo fazer poético: imagens e imagens feitas verbo, que se encadeiam e desdobram em outras imagens de outros textos próprios e alheios.

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