Abstract

A relevância social e econômica da mulher agricultora, especialmente na agricultura familiar, vem sendo cada vez mais reconhecida. Entretanto, o contexto é ainda de prevalência masculina. Um dos aspectos que contribui para uma redução dessas diferenças sociais, bem como para o empoderamento feminino, é a atuação empreendedora das mulheres agricultoras. Quando as mulheres acessam o controle produtivo e a gestão de atividades dentro da propriedade rural, inclusive sendo responsáveis pela comercialização, sua autonomia e poder aumentam, reduzindo diferenças entre os gêneros. Considerando esse contexto, a presente pesquisa teve como objetivo compreender as características da sucessão familiar à luz das lentes teóricas da inovação social e do empreendedorismo feminino. Para isso foram observados cinco fatores: aspectos pessoais; financeiros; educacionais; familiares; e de políticas públicas. Trata-se de uma pesquisa de abordagem quanti e qualitativa, com estudo de caso. O escopo do estudo foi mulheres agricultoras familiares-empreendedoras do município de Getúlio Vargas - RS. Conclui-se que o protagonismo das mulheres na agricultura familiar influencia positivamente a permanência das filhas no campo. Para promover a igualdade de gênero, deverá se reconhecer e favorecer o protagonismo das mulheres na produção, gestão, comercialização e acesso às políticas públicas, estimulando e apoiando a geração de renda das mulheres, valorizando conhecimentos existentes, reconhecendo-as como participantes ativas da economia, garantindo direitos, oportunidades e participação nas decisões da propriedade.

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