Abstract

Os mercados cada vez mais passam a fazer parte do cotidiano dos agricultores familiares, entretanto, ainda há gargalos para a participação destes nesses espaços. Organizações como a Rede Ecovida de Agroecologia buscam criar condições para enfrentar essas dificuldades e promover o desenvolvimento rural, tornando-a um campo importante para estudo, sobretudo para compreender a sua dinâmica. Desta forma, este trabalho objetiva caracterizar os atores sociais e institucionais e a rede de relações socioeconômica que influenciam os mercados dos agricultores familiares no Núcleo Alto Uruguai da Rede Ecovida. Para atender o objetivo da pesquisa utilizou-se dos aparatos da teoria de redes sociais de Mark Granovetter, a qual ajuda a identificar e elucidar os atores e as relações sociais. A pesquisa caracteriza-se como descritiva e a geração de dados primários se deu por entrevistas semiestruturadas com as entidades que compõem o Núcleo e a observação sistemática não-participante das reuniões de cinco grupos de agricultores do Núcleo. Já os dados secundários foram coletados através de pesquisa documental. Os principais resultados revelam que os agricultores no Núcleo Alto Uruguai constituem uma extensa rede social, envolvendo atores sociais e institucionais, individuais e coletivos, bem como externo e internos ao Núcleo, estes que influenciam de diferentes formas os mercados dos agricultores. A partir destes resultados, afere-se que a construção de mercados alternativos tem sido uma importante estratégia usada pelos agricultores familiares e organizações e que a análise de redes sociais é uma importante ferramenta para a interpretação dos mercados da agricultura familiar.

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