Abstract
A partir da revolução industrial, houve um aumento da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera terrestre, como o dióxido de carbono (CO2), o que poderá levar a um aumento na temperatura global até o final do século XXI. O efeito direto do incremento na concentração de CO2 nas plantas é a possibilidade de aumento da taxa de crescimento das plantas e produtividade das culturas, uma vez que o CO2 é o substrato para fotossíntese. Se o aumento da concentração de CO2 for acompanhado de aumento da temperatura do ar, poderá haver encurtamento do ciclo e aumento da respiração do tecido vegetal, reduzindo ou anulando os efeitos benéficos do CO2. No entanto, a resposta aos aumentos na concentração de CO2 e temperatura do ar varia de acordo com a cultura considerada. Assim, o objetivo desta revisão foi reunir informações da resposta ecofisiológica da cultura do arroz, um dos três cereais mais produzidos e consumidos pela população mundial, à mudança climática. Plantas com metabolismo C3, como o arroz, são mais beneficiadas pelo aumento da concentração de CO2 atmosférico do que plantas com metabolismo C4. Altas temperaturas diurnas e noturnas podem reduzir drasticamente o potencial produtivo da cultura do arroz devido ao encurtamento do ciclo da cultura e à esterilidade de espiguetas. Essa tendência pode ser mitigada com a seleção de genótipos mais resistentes às condições de alta temperatura do ar durante o florescimento, bem como a alteração da época de semeadura.
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