Abstract

A música clássica europeia está muito presente na educação formal no Leste Asiático e é ouvida em vários filmes do cineasta sul-coreano Hong Sang-soo. É um repertório do gosto dele, como relatado em entrevistas e o diretor opera ativamente na criação e escolha da música na maioria dos seus filmes, procedimento que corresponde ao conceito de Gorbman (2007) de “música de autor”. Hong tem sido bastante estudado por sua narrativa, definida por Medeiros (2018) como paramétrica a partir de Bordwell, mas, neste trabalho, concentramo-nos na música, com análise fílmica de três longas-metragens que têm relação com o Romantismo musical e pictórico europeu. Tais relações são demonstradas em trechos dos filmes com uso de música clássica. Em Filha de ninguém (2013), a música de Beethoven é parte da estrutura paramétrica. Em Na praia à noite sozinha (2017), a música de Schubert marca momentos estruturais chaves e de melancolia. Nesses dois filmes, relacionamos as imagens dos momentos de música com pinturas do romântico alemão Caspar David Friedrich. Em Silvestre (2018), Schubert e Wagner estão ao fundo de conversas tensas, havendo relações entre os movimentos da conversa e os da música.

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