Abstract

A pandemia da COVID-19 acelerou complexas transformações sociais que ocorriam na sociedade há décadas. As principais políticas de contenção da pandemia, do isolamento físico/social ao lockdown, representavam barreiras significativas à organização de protestos nas ruas. Nesse contexto, organizações e movimentos sociais precisaram se adaptar e evoluir rapidamente para garantir sua sobrevivência, relevância e realizar suas demandas. Este artigo demonstra que apesar dessas dificuldades, durante os anos da pandemia, de 2020 a 2022, vários movimentos sociais não somente se fortaleceram como tiveram considerável êxito. Isso se deu principalmente para movimentos já estabelecidos que conseguiram alavancar e combinar uma série de táticas de mobilização inclusive com uso de ferramentas tecnológicas para canalizar o descontentamento social através de redes de solidariedade e aproveitar oportunidades políticas. A análise desse contexto e dessas experiências globais oferecem lições valiosas através das quais os movimentos podem dialogar e ajudarem-se mutuamente, além de promoverem lições de sustentabilidade para o processo de contestação social ao longo prazo.

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