Abstract

A arte esteve sempre ancorada na tarefa de criar idealidades. A estética tradicional expressou essa exigência fundamental, tendo Hegel como seu momento mais elevado. A arte contemporânea desenvolveu todo um esforço para desconstruir esse velho edifício, propondo um retorno ao cotidiano. Porém, tal esforço ainda se manteve refém dos princípios puramente espirituais da própria arte. Nossa hipótese é de que isso leva a arte à auto destruição, de tal forma que se faz necessário voltar, de forma engajada, ao mundo efetivo (natural e social), fazendo uso de todos nossos sentidos, evitando os antigos preceitos do desinteresse, da contemplação e das teologias hierarquizantes. A arte deve morrer para dar lugar à vida, a um novo tipo de prazer que não brota mais da “beleza”, mas dos próprios objetos.

Highlights

  • Art has always been anchored in the task to create idealities

  • Portanto, uma diferença substancial entre apreciar um objeto a partir de uma ótica apenas visual e tomá-lo em suas conexões mais amplas com o seu entorno, conexões que são de diversos níveis e que desafiam não apenas o nosso pensamento, mas também todos os nossos sentidos

  • Estética natural e ética ambiental, que relação? Philosóphica, Lisboa: v. 39, 2012, p.131-139

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Summary

Kleber Carneiro Amora*

A arte esteve sempre ancorada na tarefa de criar idealidades. A estética tradicional expressou essa exigência fundamental, tendo Hegel como seu momento mais elevado. A arte contemporânea desenvolveu todo um esforço para desconstruir esse velho edifício, propondo um retorno ao cotidiano. Tal esforço ainda se manteve refém dos princípios puramente espirituais da própria arte. Nossa hipótese é de que isso leva a arte à auto destruição, de tal forma que se faz necessário voltar, de forma engajada, ao mundo efetivo (natural e social), fazendo uso de todos nossos sentidos, evitando os antigos preceitos do desinteresse, da contemplação e das teologias hierarquizantes. A arte deve morrer para dar lugar à vida, a um novo tipo de prazer que não brota mais da “beleza”, mas dos próprios objetos.

Primado da forma na arte em Kant e em Hegel
Os sentidos e sua reconquista do cotidiano
Uma nova estética da natureza

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