Abstract

Como Fox e Alldred (2020) consideram, o dualismo Cultura / Natureza forneceu aos filósofos, cientistas e cientistas sociais pós-iluministas uma maneira elegante de estabelecer limites para as respectivas preocupações das ciências sociais e naturais (ver também Barad, 2007; Braidotti, 2013; Fullagar et al., 2019). Este dualismo tem permitido a criação de distinções entre corpos e modos de estar-no-mundo “modernos” (leia-se “civilizados”) e “tradicionais” (leia-se “primitivos”) (Denowski e Viveiros de Castro, 2014). No entanto, ao explorar criticamente as questões de incorporação (embodiment), a influência do ambiente construído sobre o bem-estar, as transições climáticas e/ou a pandemia de Covid-19 em curso, tais distinções começam a se tornar problemáticas, como argumentado eloquentemente nas últimas três décadas por debates e proposições feministas, pós humanistas, novo-materialistas e ecológico politicos, entre outros. Dando continuidade a um diálogo contínuo iniciado em 2018 entre acadêmicos e ativistas da América Latina e da Europa (ver Donato, Tonelli, Galak, 2019), este seminário explorou como os domínios inter-relacionados de saúde, atividade física e educação podem ser a partir de perspectivas que de des-estabilizar fronteiras ontológicas estabelecidas entre natureza, cultura, corpo e sua relação. Isto foi feito através de um diálogo entre Alessandro Bortolotti, Simone Fullagar, BrunoMora, Niamh Ni Shuilleabhain, (Austrália, Itália, Reino Unido e Uruguai, respectivamente). O evento online ocorreu como o primeiro de uma série de seminários online de duas partes sobre Remontando o nexo natureza-cultura-corpo: práticas e epistemologias.   Palavras-chave: Educação; Saúde; Atividade Física; Novo Materialisto; Pespectivas Mais-que-humanas.

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