Abstract

Descoberta no final de 2019 e denominada COVID-19, a infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 é uma doença que impactou o mundo de diversas formas, atingindo o status de pandemia. Dentre as opções de tratamento, o soro hiperimune representou ser eficaz e de baixo custo, obtido através do fracionamento do soro a partir do sangue total contendo grande quantidade de anticorpos. Para a produção pode ser utilizada a espécie equina, que demonstra vantagens, como o volume de sangue que pode ser obtido e a facilidade de manejo. Diversos fatores individuais como a idade, o escore corporal, aspectos clínicos e hematológicos influenciam a resposta imunológica a um antígeno vacinal. O objetivo deste trabalho foi definir através de parâmetros clínicos e hematológicos os equinos com maior potencial para a produção de soro hiperimune contra o SARS-CoV-2. Para isso foram utilizados 26 cavalos hígidos, sendo realizadas coletas de sangue e obtenção de soro, para avaliação de parâmetros bioquímicos, hematológicos e monitoramento da produção de anticorpos (ELISA indireto), respectivamente. Correlacionando os dados clínicos e hematológicos com os níveis de anticorpos produzidos após 20 e 30 dias da última inoculação, observou-se que maiores níveis de anticorpos anti-SARS-CoV-2 foram produzidos por equinos machos castrados, com alta concentração de plaquetas. Concluímos que o processo de produção de soro hiperimune contra o SARS-CoV-2 causou reações inflamatórias locais e sistêmicas transitórias, porém as reações se reverteram sem causar danos relevantes aos animais. Os equinos machos castrados, quando comparados com fêmeas, produziram níveis mais elevados de anticorpos contra a SARS-CoV-2.

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