Abstract

Nesse artigo, partimos do pressuposto de que morar é uma prática cultural que revela formas de vida, sendo o anúncio de imóveis a materialidade discursiva que, por excelência, comunica e agencia modos de ser. A partir da análise de um extenso corpus, composto por aproximadamente 4.000 anúncios coletados entre 1970 e 2006 no Diario de Pernambuco, argumentamos como, ao longo da história recente do Recife, o anúncio imobiliário cristalizou uma determinada ética do morar pautada da negação da heterogeneidade da cidade e na defesa da propriedade privada, na esteira da consolidação de uma governamentalidade neoliberal no país.

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