Abstract

O artigo se debruça sobre as diferentes formas de atuação presentes no cinema documentário, tendo como objeto a obra de Eduardo Coutinho, em particular os filmes Jogo de Cena (2007), Moscou (2009) e As Canções (2011). Buscamos analisar a figura do ator profissional nos filmes de Coutinho traçando um paralelo com a participação dos atores não profissionais, protagonistas frequentes de sua obra. Cada um desses documentários carrega questões que se colocam desde a obra pregressa e, ao mesmo tempo, apontam para desdobramentos que ecoam no filme seguinte. Analisá-los em conjunto significa compreender o discurso que vai além de cada obra, delimitando a existência de uma trilogia que o pesquisador Fábio Andrade (2013) batizou de “trilogia do palco”, termo que tomamos de empréstimo neste artigo. É a essa fase final da cinematografia de Eduardo Coutinho que dedicaremos as análises, utilizando o campo dos estudos atorais no cinema, sobretudo James Naremore (1988) e Jacqueline Nacache (2012). Sendo assim, as ferramentas para compreender o jogo do ator e da atriz foram deslocadas para a investigação das formas de representação no domínio do documentário.

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