Abstract
Resenha do livro Modelos Internacionais de Educação Superior: Estados Unidos, França e Alemanha, de Reginaldo C. Moraes, Maitá de Paula e Silva e Luiza Carnicero de Castro. O livro, composto por quatro capítulos, aborda de modo bem sistematizado modelos de educação pública e privada daqueles países com impacto no modo como o Brasil tem estruturado esse nível de ensino. Em tempos de ameaças ao ensino superior público brasileiro, a presente obra ganha ainda mais relevo ao descrever a dinâmica dos modelos de financiamento, produção de pesquisa e transmissão do conhecimento e suas contribuições à sociedade.
Highlights
Ao examinarmos a educação superior nas sociedades ocidentais contemporâneas, verificamos duas tendências bem distintas: de um lado sua constante expansão (o que significaria, em alguma medida, o reconhecimento da universidade como instituição central para o desenvolvimento destas sociedades); de outro, a sua descaracterização com a ampliação dos chamados cursos técnicos de nível superior cuja oferta de cursos é de caráter instrucional, alguns deles modulares e muitos a distância
No Brasil, nas instituições públicas e privadas, podemos notar ressonâncias herdadas tanto do modelo norte-americano como do francês no que se refere à tendência de oferta de módulos que, à medida em que vão sendo cumpridos, conferem graus distintos com destaque para o aumento da oferta de cursos de curta duração e a distância, como tem ocorrido naqueles países já há algum tempo
Que frequentou e por aquele que foi excluído desse sistema? A apresentação dos sistemas desses três países também demonstra que as demandas e expectativas sobre a educação superior variam de acordo com a classe social do estudante, mas que permanece a percepção de que, via de regra, o que é ofertado às camadas mais pobres da população encaixa-se na lógica de um sistema produtivo em que as credenciais obtidas mantém estes indivíduos – ainda que com diploma universitário – na base da hierarquia social
Summary
Ao examinarmos a educação superior nas sociedades ocidentais contemporâneas, verificamos duas tendências bem distintas: de um lado sua constante expansão (o que significaria, em alguma medida, o reconhecimento da universidade como instituição central para o desenvolvimento destas sociedades); de outro, a sua descaracterização com a ampliação dos chamados cursos técnicos de nível superior cuja oferta de cursos é de caráter instrucional, alguns deles modulares e muitos a distância. Os autores encerram o capítulo com um alerta para as políticas públicas brasileiras que têm interesse em adotar esse modelo, pois há preocupação tanto sob o aspecto da qualidade do ensino – algumas dessas instituições sequer têm professores, que foram substituídos por “designers” de cursos profissionais – como também com o incentivo o endividamento das famílias por meio de programas de financiamento que, com seus sistemas de juros e amortizações, acabam por penalizar aqueles de mais baixa renda.
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