Abstract

Este artigo defende que o tradutor literario trabalha sobre a obra original expressando interiormente suas emocoes e sentimentos sob mascaras de personagens. Suas escolhas lexicais sao indicativas de sua performance interior, cujas subjetividades intimas sao visiveis quando em contraste com a linguagem de outros tradutores. Para sustentar meu ponto de que a traducao literaria e emocionalmente performativa e acontece no estado de transicao psicologica entre o Outro ficcional e multiplos Eus, bem como entre mimese e autotese, explorarei a possibilidade de modela-la como um teatro da mente por meio do contraste semântico dos verbos dicendi encontrados no primeiro capitulo de O Som e a Furia, de William Faulkner, e suas seis traducoes em russo, polones, lituano, romeno e frances.

Highlights

  • A literatura tem a espantosa capacidade de afetar e ser afetada

  • Crueldade e angústia abundam nos seus mundos ficcionais onde as suas personagens sofrem com e por ele, oferecendo imagens em que uma tradutora pode reconhecer-se a si própria

  • A outro nível, a gritaria pode ser dirigida a ambas as personagens, ainda que Quentin possa evocar empatia

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Summary

Gabriele Salciute CIVILIENE*

Resumo: Este artigo defende que o tradutor literário trabalha sobre a obra original expressando interiormente suas emoções e sentimentos sob máscaras de personagens. Suas escolhas lexicais são indicativas de sua performance interior, cujas subjetividades íntimas são visíveis quando em contraste com a linguagem de outros tradutores. Para sustentar meu ponto de que a tradução literária é emocionalmente performativa e acontece no estado de transição psicológica entre o Outro ficcional e múltiplos Eus, bem como entre mimese e autotese, explorarei a possibilidade de modelá-la como um teatro da mente por meio do contraste semântico dos verbos dicendi encontrados no primeiro capítulo de O Som e a Fúria, de William Faulkner, e suas seis traduções em russo, polonês, lituano, romeno e francês. Signum: Estudos da Linguagem, Londrina, v. 23, n. 2, p. 23-41, ago. 2020 Recebido em: 02/07/2020 Aceito em: 03/08/2020

Gabriele Salciute Civiliene
PERFORMATIVIDADE E TEATRALIZAÇÃO DO TEXTO
TEATROS DE SOBREVIVÊNCIA DO GENE EGOÍSTA
TRANSCENDÊNCIA PERFORMATIVA DA AUTOCONSCIÊNCIA
PARA ALÉM DAS NORMAS LITERÁRIAS DOS ATOS LINGUÍSTICOS
ONDE A SEMÂNTICA ENCONTRA A PSICOLOGIA
ORAÇÕES INDIRETAS COMO GESTOS TEATRAIS DE AFETO
PSICOSEMIOSE DO EFEITO TRANSLATORIAL
GRITO ENTRE A MIMESE E A AUTOTESE
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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