Abstract

Neste artigo, nos propusemos a investigar: (i) as etapas que podem ser usadas para guiar a proposição e o desenvolvimento de atividades de modelagem analógica no ensino de ciências; e (ii) como atividades de modelagem analógica propostas com base naquelas etapas podem ter contribuído para que os estudantes de ciências vivenciassem os subprocessos do raciocínio analógico. Para atender ao primeiro propósito, adaptamos as etapas apresentadas na literatura para o processo de modelagem de forma que possibilitassem a elaboração, crítica e revisão de modelos e analogias. Para atender ao segundo propósito, realizamos um estudo empírico no qual desenvolvemos uma sequência ensino sobre o tema dissolução, fundamentada na modelagem analógica. A sequência foi desenvolvida em uma turma de Química do primeiro ano do ensino médio e deu origem ao estudo de caso analisado neste artigo. Nossos resultados evidenciaram elementos específicos das atividades de modelagem analógica que favoreceram a ocorrência dos subprocessos de raciocínio analógico, inclusive daqueles identificados como não espontâneos em estudos anteriores. Destacamos como uma das implicações deste estudo, que a descrição proposta para as etapas da modelagem analógica pode orientar professores e pesquisadores na proposição e condução de atividades voltadas para o ensino de ciências, nas quais modelos e analogias são criados, criticados e revisados pelos estudantes, num processo em que os significados vão sendo gradualmente negociados na tentativa de se compreender a entidade modelada.

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