Abstract

O ano de 2020 marcou o início da circulação da doença Covid-19 e uma nova forma de significarmos a vida nas cidades através de um esvaziamento emergencial e estratégico do espaço público. O objetivo desse artigo é analisar como o mobiliário urbano e a arte pública se notabilizam nesses tempos de pandemia como evidências materiais e simbólicas para se pensar em novas e antigas questões sobre a importância do espaço público para a constituição da esfera pública. Através de revisão de literatura, seleção de notícias nas mídias e na observação sistemática da vivência nos espaços, verifica-se que o mobiliário urbano e a arte pública se tornam peças-chave em ações recentes que se dão nos espaços públicos de várias cidades mundo afora, seja com a criação de novos elementos para suprir demandas por higienização, abrigo às intempéries e, sobretudo, para reivindicar a dimensão subjetiva como no caso da retirada de monumentos e esculturas de personalidades históricas controversas. Conclui-se que esse conjunto diversificado de elementos urbanos reivindica ao espaço público sua condição de arena para discussão de questões sociais que nele ampliam o status democrático.

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