Abstract

Resumo Os padrões humanos de subsistência e/ou mobilidade podem estar refletidos no registro zooarqueológico dos sambaquis de manguezais estuarinos e outros ecótonos litorâneos. Em um domínio biogeográfico, tal como o manguezal e seus ecótonos associados, a disponibilidade de grande parte dos recursos animais pode aumentar em função da sazonalidade e do ciclo de vida dos seres vivos, e tornar-se mais acessível dentro de uma área de captação de recursos. Assim, o registro dos sambaquis, caracterizados por uma grande quantidade de restos de moluscos e peixes, em relação a outros táxons, pode indicar tanto um viés tafonômico, quanto questões relacionadas ao cálculo da biomassa em laboratório e/ou variações na subsistência humana em função das modificações da paisagem no ciclo anual. Este trabalho tem por objetivo contemplar as questões e as hipóteses sobre os padrões de mobilidade atrelados aos modelos de subsistência e à apropriação do ambiente por sociedades humanas pretéritas, nos Sambaquis do litoral maranhense, com especial ênfase ao sambaqui do Bacanga, inserido em um contexto de manguezal estuarino. Até o momento, foi possível concluir que não houve variações taxonômicas significativas ao longo dos estratos arqueológicos.

Highlights

  • Human patterns of subsistence and/or mobility may be reflected in the zooarchaeological record from estuarine mangrove shell mounds and other coastal ecotones

  • O estudo do registro zooarqueológico e/ou arqueobotânico, sob a luz dos modelos de forrageamento (MacArthur; Pianka, 1966), revela-se como um importante subsídio para o estabelecimento dos padrões de mobilidade atrelados à alocação de recursos, uma vez que os dados arqueofaunísticos podem refletir as nuances locais de um domínio biogeográfico, ao longo do tempo (Carter, 1976)

  • A assembleia rica em partes esqueletais de peixes em relação a tetrápodes, que caracteriza o Sambaqui do Bacanga, pode revelar tanto escolhas humanas quanto disponibilidade de recursos na paisagem ou, ainda, um viés quantitativo e tafonômico

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Summary

Introduction

Human patterns of subsistence and/or mobility may be reflected in the zooarchaeological record from estuarine mangrove shell mounds and other coastal ecotones. Quando estes assentamentos foram estabelecidos em um gradiente ecológico de elevada produtividade, como os manguezais, os grupos humanos pretéritos nele assentados percorreram uma área de captação de recursos que pode ser demarcada por meio do registro zooarqueológico.

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