Abstract

Este artigo tem por fim analisar os romances Memory Mambo (1996) e La loca de la casa (2003), de Achy Obejas e Rosa Montero, respectivamente, explorando narrativas não lineares e fragmentadas que desafiam noções hegemônicas de verdade. As autoras, por meio de técnicas pós-modernas, examinam deslocamentos espaço-temporais e a influência de diferentes localidades, línguas e culturas. As narrativas destacam questões de gênero, raça e classe, entre outras, resgatando memórias silenciadas para desconstruir conceitos monolíticos sobre a memória. Juani e Rosa, as protagonistas, criticam a linearidade do passado, promovendo uma reflexão crítica para subverter representações dominantes. A descentralização do sujeito revela a complexidade das identidades pós-modernas. A (des)continuidade na narrativa, com inclusão de memórias diversas, destaca a importância de ouvir histórias marginalizadas, desafiando versões exclusivas e excludentes do passado. O retorno ao passado não é nostálgico, mas busca uma compreensão plural da memória, enfatizando a necessidade de representatividade na construção da narrativa histórica.

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