Abstract

Diferentes manifestações de adesão e de rejeição e sucessivos tempos de exaltação e de esquecimento, ambos assumidos ao longo das épocas por diferentes grupos, indivíduos e instituições, contribuíram para fixar a memória histórica da revolução de 1820. A partir de meados do século XX, consistentes leituras e interpretações sobre o triénio liberal português (1820-1823) vieram acentuar a complexidade do campo historiográfico. Com enfoques diferenciados, a historiografia rompeu com velhos paradigmas de interpretação, nomeadamente de tradição liberal e republicana, e com a noção de revolução burguesa, de inspiração marxista, aplicada à emergência do liberalismo. Os mais recentes estudos têm procurado evidenciar as conexões ibéricas e atlânticas da conjuntura revolucionária. A importância da Constituição de 1822 para a história política e institucional portuguesa do século XIX tem sido estudada em articulação com a reação contrarrevolucionária iniciada em 1823 e com o triunfo posterior do constitucionalismo cartista. Numa perspetiva global, o enfoque colocado na emergência de um movimento internacional liberal da era pós-napoleónica tem contribuído para o estudo das conexões das revoluções da Europa do Sul.

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