Abstract

<p>A partir do estudo dos recursos expressivos da minissérie Mad Maria, tais como imagens cenográficas e figurino, pretendemos argumentar que essa produção traz, enquanto forma, elementos que apontam para a ambiguidade da visualidade televisiva. Em outras palavras, ao ilustrar paisagens românticas e impressionistas, bem como a ambiência da belle époque com suas luzes, cores reluzentes, tecidos vaporosos e cintilantes para o figurino, o dilema do meio televisivo é anunciado de maneira metafórica. De um lado, o envolvimento sensorial e a fruição estética autônoma do espectador são alavancados por esses elementos, o que favorece a mobilidade do olhar. No entanto, essa mesma condição inicial da percepção começa a se vincular a uma ordem produtiva da empresa, responsável por domesticar o olhar, inserindo-o em uma narrativa linear e em uma figurativização glamourizada.</p>

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