Abstract

Neste artigo, analisa-se a política linguística do governo federal por meio dos materiais didático-pedagógicos direcionados à formação de professores do ensino de língua para surdos. A questão problema é: qual concepção de ensino de língua predomina como política oficial nesses materiais? O objetivo é descrever, contextualizar e analisar a política linguística proposta nesses materiais, indicando as mudanças que ocorreram, conforme os discursos constitutivos. Trata-se de uma pesquisa centrada na perspectiva dialógica da linguagem de Bakhtin e do Círculo, em especial, na concepção de linguagem de Bakhtin (2016) e Volóchinov (2017), no que tange a discussão de política linguística de formação dos professores da educação de surdos entre 1979 e 2010. Os resultados indicam que a primeira política linguística a concepção de língua na educação especial, adotada, entre 1979 e 1995, é baseada na reabilitação da fala e da escrita; a segunda, entre 1997 e 2002, é baseada na gramática de Língua Portuguesa e da Língua Brasileira de Sinais-Libras por meio de sinais, frases e diálogos em contextos; a terceira, entre 2003 e 2010, é baseada na leitura e produção de textos em Língua Portuguesa como L2, tendo a Libras como L1; a Língua Portuguesa escrita e a Língua de Sinais estão correlacionadas no espaço de Atendimento Educacional Especializado (AEE), como política de inclusão nas redes públicas de ensino.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call