Abstract

Este artigo discute, a partir de uma visão decolonial, o padrão hegemônico da Matemática em espaços de ensino institucional. Por noções como “matemática problematizadora” e “etnomatemática”, que questionam a Matemática institucional, desafiamos tanto a epistemologia do conhecimento matemático como opção única quanto a ontologia dos saberes, tendo em vista que todos os sujeitos, alunos e professores em espaços educacionais atravessam e são atravessados por uma Matemática hegemônica. Embora não neguemos essa Matemática, evidenciamos saberes outros com o intuito de legitimar diferentes caminhos para o ensino dessa linguagem. Apontamos para a necessidade de se fortalecer a construção de resistências e insurgências éticas, estéticas e políticas, no campo pedagógico, colocando a matemática em um plano coletivo e a serviço de lutas sociais, ontológicas e epistêmicas: uma desobediência político-epistêmica.

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