Abstract
Produzir filosofia voltada ao engajamento com o público é uma tarefa difícil, pois existem barreiras pessoais e acadêmicas a serem superadas. Os filósofos geralmente não recebem suficientes incentivos institucionais para irem além da pesquisa e das palestras voltadas a seus pares acadêmicos, e isso tem criado uma cisão entre o mundo acadêmico qualificado e o mundo não-acadêmico, havendo aí um vácuo de influência intelectual filosófica sendo preenchido por pessoas não capacitadas. Não se trata de forçar a academia a efetivamente produzir uma filosofia mais popular e atraente para as grandes massas, mas de torná-la mais caridosa e receptiva a iniciativas que vão nesse sentido, inclusive profissionalizando-as. O seguinte texto propõe algumas sugestões práticas que podem gerar a construção de uma filosofia pública mais atraente e institucionalmente valiosa. Com este olhar mais atencioso ao fazer filosófico, acredita-se que a superação de muitas barreiras de entrada para novos filósofos será facilitada, e a filosofia ganhará nova relevância pública.
Highlights
Producing an engaged and public oriented philosophy is a difficult task as there are personal and academic barriers to overcome
Precisamos preencher as ondas de rádio com as coisas boas, em todos os formatos: colunas e editoriais, posts de blogs, vídeos no YouTube, podcasts, artigos longos, palestras, fóruns, tweets e muito mais
A boa filosofia precisa estar em todos os lugares, acessível a todos os níveis, a qualquer um que possa estar interessado
Summary
Reconheça uma peça de filosofia popular por aquilo que ela é. Reconheça que o autor provavelmente não falhou de alguma forma idiota, mas provavelmente está sob enormes exigências para esclarecer, simplificar e compactar. A questão, ao responder a uma peça de filosofia pública, não é marcar pontos como se estivesse refutando um trabalho acadêmico. Você entenderia que tudo estava em sintonia com o nível de introdução, e você cooperaria em fazer movimentos filosóficos na dose certa. Você executaria a filosofia de uma maneira muito particular e pedagogicamente orientada, ao invés de simplesmente ir com tudo ao modo de massacre e refutação crítica. Amy Olberding[10] explicou-me desta maneira: a filosofia pública não é apenas sobre lançar argumentos. Precisamos reconhecer que a filosofia pública é uma fera diferente, muitas vezes com objetivos muito distintos
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