Abstract

Esse ensaio analisa a imbricação entre morte e nascimento na estrutura do romance de Machado de Assis, e indaga sobre a relação da escuta com a morte na forma inaugural de Memórias póstumas de Brás Cubas. Qual a relação entre a escrita da morte (“memórias póstumas”) e a escuta da vida ou entre a escrita da vida (autobiografia) e a escuta da morte, que compõem a revolução estética de Memórias póstumas? Para responder, estabeleço uma analogia entre o surgimento simultâneo desse romance, em 1880/1881, e o aparecer das novas tecnologias na mesma década, em especial aquela que desde seu anúncio mais se aproxima da morte – o fonógrafo, patenteado por Thomas Edison em 1877. A partir dessa coincidência histórica, indaga-se se seria possível ler Memórias póstumas de Brás Cubas como um “romance-fonógrafo”?

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