Abstract

The domain of scientific knowledge is historically male. Even with the increasing participation of women in this field, we can say that the logic to do science is still based on male values. This work intends to map the perception of women engineers about their choices for sciences and for a traditionally professional field - engineering. Our initial hypothesis of work stated that the choices of women engineers during their academic and professional path are hampered by the strong tendency to the perpetuation of the sexual division of higher education, science and work. The main goal of this research was to unveil the arguments that lead to the naturalization of separation between men’s and women’s university courses, female and male work area even within the same knowledge area or professional field. In order to do so, we conducted a qualitative study with semi-structured interviews applied to seven women engineers from different areas of a state mixed economy company based in the Federal District, present in the public service of electrical energy. We found the perpetuation of horizontal and vertical sexual division of science, technology and work that reinvent itself in the paths traced by women engineers, forming ghettos that are “allowed” for women, even within the engineering.

Highlights

  • As metamorfoses da discriminação de gênero e sua perpetuação, entre vários fatores, estão vinculadas a diferenças instituídas no âmbito da família e no sistema escolar, nos quais desde a infância as meninas são encaminhadas para habilidades e campos do conhecimento cujos atributos remetem aos cuidados com o próximo

  • Podemos pensar na ideia de divisão sexual do conhecimento, pois os dois princípios usualmente aplicados para entender a divisão sexual do trabalho são válidos: separação e hierarquização[3]

  • INTERthesis, Florianópolis, v.8, n.2, p. 36-56, Jul./Dez. 2011

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Summary

DIVISÃO SEXUAL DA CIÊNCIA E TRABALHO

Para os propósitos deste artigo, é necessário apontar algumas direções, esclarecendo categorias e conceitos que foram centrais no estudo. A divisão sexual do trabalho está fundada em relações sociais que estabelecem grupos antagônicos (homens e mulheres), que desenvolvem atividades diferenciadas construídas socialmente (não são decorrência de determinações biológicas), com fundamentos em bases materiais que não são unicamente ideológicas; que portanto são passíveis de periodização e comparação intercultural; e, fundamentalmente, são relações sociais hierárquicas entre homens e mulheres, trata-se de uma relação de poder, de dominação, não neutra ou complementar mas contraditória (KERGOAT apud HIRATA et al, 2009). Por divisão sexual da educação superior, da ciência e do trabalho, entende-se como a forma de organização do trabalho e das áreas do conhecimento em função das relações de gênero. Tem por característica primordial a separação entre esfera produtiva aos homens e a esfera reprodutiva às mulheres, mas não de forma complementar e sim em uma relação de poder, observada em dois princípios: separação e hierarquização. É possível pensar campos de conhecimento e de exercício profissional dominados pelos homens, masculinizados numericamente, mas também no que diz respeito às qualidades (naturais) e habilidades (desenvolvidas) e requeridas para seu desempenho, culturalmente atribuídas aos homens: racionalidade, dureza, frieza, força física, etc

PERCURSO METODOLÓGICO
ESTRANHAS NO NINHO
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