Abstract

A Região Demarcada do Douro (Portugal), a mais antiga, maior e mais heterogénea região vinícola do mundo, foi criada em 1756. Desde aí tem vivido um contínuo processo de evolução, sendo de destacar os efeitos positivos da entrada de Portugal na União Europeia e, sobretudo, a mais recente classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial pela UNESCO. Mas como vive a região o seu dia a dia, como se organiza, que relações são estabelecidas dentro dela e fora dela, como se concretizam, como e quem detém o poder, que momentos na sua história causaram mudanças, quais os seus efeitos, como influenciaram o seu desenvolvimento? O objetivo base deste trabalho é analisar e interpretar a Região Demarcada do Douro, e assim responder a estas questões, recorrendo à teoria semiótico-cultural de Iuri Lotman, numa abordagem inovadora, incidindo em especial sobre conceitos essenciais como semiosfera, fronteira, centro e periferia, explosões e tradução. Foi possível identificar na sua estrutura, organização e vivência, nas relações que se estabelecem dentro dela e fora dela, as principais características do pensamento de Lotman, nomeadamente ao nível das fronteiras, do centro e da periferia, das explosões e da tradução. São ainda apontados caminhos a seguir pela Região no futuro, à luz dos princípios da semiosfera lotmaniana.

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