Abstract

Neste artigo, analisa-se um gênero discursivo surgido aproximadamente no ano 1988: o recordatório de desaparecido durante a última ditadura argentina (1976-1983). Utiliza-se a abordagem apresentada por Meurer (2005), que analisa o gênero desde as categorias propostas por Fairclough (1992) para a Análise Crítica do Discurso. O recordatório de desaparecidos é um gênero híbrido, pois possui algumas das características de vários gêneros discursivos. Estes são, em primeiro lugar, aqueles tradicionalmente relacionados à circunstância da morte e, em segundo lugar, , o que poderíamos chamar "gêneros da memória", associados à memória das vítimas do terrorismo de Estado; além disso, apresentam a busca de informações sobre o paradeiro de pessoas, fora do contexto de uma ditadura. A análise realizada aqui enfoca especialmente nos recordatórios que Estela Barnes de Carlotto, presidente da Associação “Avós da Plaza de Mayo”, escreveu para sua filha Laura Carlotto, detida-desaparecida durante o último governo militar na Argentina.

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