Abstract

<p>http://dx.doi.org/10.5007/2175-8026.2016v69n1p33</p><p>A qualidade de voz resulta da modulação dos articuladores do trato vocal e da configuração laríngea, produzindo um efeito de longo-termo na produção e percepção da fala. Bilíngues podem alterar a qualidade de voz quando falam línguas diferentes, conforme apontam estudos na área. O presente artigo apresenta resultados referentes à produção da voz em português brasileiro (PB) e inglês (IN) por falantes bilíngues brasileiros. Para chegar a tais resultados, foi realizado um experimento de produção que consistiu na gravação de emissões em PB e em IN de tarefas de leitura de textos, bem como amostras de fala semiespontânea. Os resultados mostram diferenças estatisticamente significativas entre médias e extensão de f0 entre as línguas, bem como entre medidas de declínio espectral (ELT) entre línguas e tarefas.</p>

Highlights

  • A deinição dos termos ‘voz’ e ‘qualidade de voz’ não é consensual, mas, em linhas gerais, estão relacionados a características resultantes da modulação dos articuladores do trato vocal que produzem um efeito de longo-termo na produção da fala e sua percepção pelo ouvinte

  • Ng et al (2012) examinaram a fala de 40 bilíngues (20 homens e 20 mulheres), falantes nativos de cantonês e proicientes em IN como L2, comparando as características vocais dos participantes nas duas línguas

  • São apresentados resultados relacionados às diferenças entre as línguas e entre as tarefas, bem como a correlação entre as variáveis de aquisição do IN como L2 e as medidas de Long Term Average Spectrum (LTAS) e f0

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Summary

Introdução

Pesquisas mostram que há algo de diferente em nossas vozes quando falamos uma língua estrangeira em comparação com quando falamos nossa língua materna (BRUYNINCKX et al, 1991, 1994; HARMEGNIES et al, 1991; TODAKA, 1995; NG et al, 2012; CAMARGO et al, 2013). O principal objetivo do presente estudo foi comparar amostras de fala de brasileiros bilíngues falantes de português (PB) como L1 e inglês (IN) como L2. As comparações realizadas tinham como objetivo veriicar diferenças nas amostras entre as línguas e entre as tarefas desempenhadas pelos participantes (leitura de texto e fala semiespontânea). Com base nos resultados encontrados por estudos anteriores, a nossa hipótese constava da presença de diferenças entre as amostras de fala no PB e no IN no que concerne às características acústicas espectrais e de f0 dos falantes brasileiros bilíngues. Esperou-se encontrar diferenças entre as línguas e entre as tarefas desempenhadas, bem como alguma inluência das variáveis de aquisição do IN na qualidade de voz dos brasileiros bilíngues

Qualidade de voz
Qualidade de voz em L2
Metodologia
Corpus
Participantes
Experimento
Medidas de LTAS e f0
Resultados
Comparação entre línguas
Comparação entre tarefas
Correlação entre variáveis de aquisição do IN e medidas acústicas
Discussão dos resultados
Considerações inais
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