Abstract

Desde o período da Administração Transitória das Nações Unidas em Timor-Leste diversos são os programas de cooperação do Brasil e de Portugal para a difusão e ensino da Língua Portuguesa (LP) naquele país. É o caso, por exemplo, do Programa de Qualificação Docente e Ensino de Língua Portuguesa em Timor-Leste, promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Nesse sentido, na confluência das áreas de Educação (numa perspectiva freireana) e dos Estudos Lusófonos, após breve contextualização da situação da LP em Timor-Leste (no período colonial e durante o domínio indonésio), este artigo, com base em memoriais elaborados pelos participantes do Curso de Português Instrumental (CPI), inserido no Projeto de Ensino da Língua Portuguesa Instrumental, analisa alguns aspectos do trabalho realizado no âmbito desse Curso dirigido a professores da pré-escola de Díli. Destacam-se, aqui, a percepção dos educadores quanto à contribuição do CPI e às atividades propostas, visando tanto a fluência na expressão em português quanto, e principalmente, uma produtiva prática pedagógica e o processo de conscientização dos docentes em relação à necessidade do domínio da Língua Portuguesa.

Highlights

  • As visitas tinham como objetivo conhecer a realidade de condições de trabalho para avaliar e repensar as atividades do Curso de Português Instrumental (CPI), adotando a perspectiva de Freire (1978), quando realizava visitas pedagógicas aos Círculos de Cultura, em Guiné-Bissau:

  • Lengua Portuguesa: la formación de los docentes y la educación preescolar en TimorOriental

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Summary

Considerações iniciais

Durante o período colonial português em Timor-Leste, a língua de administração e de ensino foi a Língua Portuguesa (LP). Este artigo, na confluência das áreas de Educação e dos Estudos Lusófonos, focalizando o ensino de Português, objetiva, a partir da análise de memoriais produzidos por participantes do CPI, verificar em que medida o Curso se tornou relevante para os docentes em relação ao aprendizado da LP e em sua prática pedagógica. Buscar conhecer o contexto histórico do ensino da LP em TimorLeste, considerando as necessidades apontadas por aqueles alunos-professores, coaduna-se com o pensamento de Freire (1978), ao tratar dos projetos educacionais em que estava envolvido em GuinéBissau: Nossa colaboração ao desenho do projeto e à posta em prática do mesmo dependeria de nossa capacidade de conhecer melhor a realidade nacional, aprofundando o que já sabíamos em torno da luta pela libertação. O CPI assim se estruturava: duas vezes por semana, com aulas abordando aspectos de compreensão auditiva, leitura, escrita e estrutura da língua; uma vez por semana, com reforço coletivo, juntando as três turmas; uma vez por semana, desenvolvendo oficinas gerais e oficinas específicas para monitores; uma vez por semana, com aulas de reforço específicas para a turma de avançado; uma vez por mês, com reunião de planejamento com os monitores

As aulas
Aulas de reforço
Oficinas Pedagógicas
Visitas às escolas dos professores integrantes do CPI
Os memoriais de formação
Considerações finais
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