Abstract

Este artigo segue os desenvolvimentos formais recentes da gramática de cunho chomskyano, que leva em conta os sistemas cognitivos com os quais a linguagem faz interface. Situado no universo Ticuna e na sua expressão por meio da língua Ticuna, tem por objetivo mostrar que alguns domínios da gramática podem se articular com o conhecimento enciclopédico pensado como conhecimento extralingüístico. Aponta para novas perspectivas de estudo entre cultura e língua e relaciona a análise ao campo da produção de sentido. À guisa de conclusão, sugere que o estudo de significados especiais possuídos por determinadas expressões lingüísticas são um bom caminho para entender ou buscar entender questões de tradução/interpretação.

Highlights

  • No entanto, que o objetivo deste artigo foi alcançado com a participação fundamental dos próprios Ticuna, participação essa que: (i) implica a existência de novos objetos face à presença ativa de novos agentes/sujeitos na investigação conduzida; (ii) sustenta a análise dos significados implícitos às práticas sociais

  • Desenvolvimentos teóricos recentes na Lingüística formal – especificamente aqueles de base chomskyana – (Chomsky, 2001; 2000; 1998; 1995; 1993; 1992) – vêm apontando para a importância de se levar em conta os sistemas cognitivos com os quais a linguagem faz interface

  • Noções aspectuais e suas possibilidades de tratamento no âmbito da categoria funcional pequeno verbo e da projeção Aspecto

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Summary

Introduction

Como os dados evidenciam aqui que os sufixos –ãtchi ‘duração curta, limitada’ e cü’ü ‘ação repetitiva e rápida’ integram uma estrutura acategorial, o molde sintático para a obtenção, por exemplo, de um verbo a partir dessa estrutura incluirá necessariamente um pequeno verbo (v) fonologicamente nulo, tal como se vê abaixo na configuração em (A)10. Uma evidência para a projeção Aspecto A partir da constatação de que, em Ticuna, determinados sufixos aspectuais podem-se agregar à raiz para constituir uma base acategorial (como –ãtchi ‘duração curta, limitada’ e -cü’ü ‘ação repetitiva e rápida’) e de que outros sufixos aspectuais podem ter a propriedade de verbalizador (constituindo uma categoria funcional pequeno verbo, como – ü ‘continuativo’ e – etcha ‘ habitual’ ), impõe-se a questão de se haveria lugar, na gramática do Ticuna, para uma projeção Aspecto propriamente dita.

Results
Conclusion
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