Abstract

Atualmente, a legislação brasileira demanda de estados e municípios a implantação de uma educação bilíngue de surdos em Libras como primeira língua e português escrito como segunda língua. Embora esta seja uma pauta urgente, qualquer debate sobre o tema exige reflexões previas sobre língua de sinais, identidades e cultura surda. Nesse sentido, o artigo apresenta alguns princípios da educação bilíngue a partir de instancias da diferença surda. A diferença é um dos alicerces da natureza humana, embora tendamos a um olhar hegemônico e etnocêntrico sobre o mundo. Considerando que os ouvintes (não surdos) predominam nos espaços de decisão e poder, abrangendo as políticas linguísticas educacionais, precisamos desconstruir viesses, romper com a lógica normativa ouvinte e legitimar a diferença surda. O ser surdo compreende uma forma legítima de significar no mundo, a partir de sistemas ontológicos, epistemológicos e de ensino e aprendizagem também legítimos. Nesse sentido, a educação bilíngue é inclusiva por natureza, por assegurar especificidades linguístico-culturais dos surdos. Uma escola de educação bilíngue de surdos não é segregação.

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.