Abstract
Com o objetivo de elucidar a metamorfose das chefias Mapuche-Tehuelche no norte da Patagônia entre 1850 e 1880, este artigo compara os corpus de correspondências escritos em espanhol pelos primos Llanquitruz e Saygüeque com a ajuda de seus secretários, em momentos críticos de seus respectivos chefias. O autor explora as mudanças qualitativas entre cada estrutura política, propondo uma revisão do tropo da “máquina de guerra”, conceito desenvolvido por Deleuze e Guattari, útil para raciocinar sobre as estratégias nômades e sua ambivalência em relação ao poder. O artigo resgata essa metonímia para analisar a dinâmica de negociação e conflito entre essas chefias e o emergente estado da Argentina. Também reconhece as representações mapuche-tehuelche das estruturas de poder e parentesco, território e geopolítica, focando em textos produzidos por indígenas.
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