Abstract

A historiografia tem dado pouca atenção à literatura produzida pela intelectualidade operária, quer vinculada aos socialistas, quer aos anarquistas. É o caso do compositor tipógrafo e militante socialista Ernesto da Silva (1868-193), conhecido pelo impacto de uma das suas peças teatrais, O Capital, mas que foi também autor de um conjunto de contos, textos dramáticos e teatrais publicados entre 1893 e 1903. Sob o nosso ponto de vista, alguns destes contos e dramas podem ser enquadrados dentro do “género fantástico”. Neste artigo procuramos descrever os traços diferenciais daquilo que denominamos “literatura fantástica socialista” analisando os enredos, as personagens, os espaços e ambientes. O nosso objetivo é triplo: por um lado, valorizar esta literatura, pouco conhecida da historiografia; por outro, reivindicar a sua qualidade literária, muitas vezes desqualificada pelo seu intuito de difusão doutrinária; finalmente, fixar o lugar deste novo género dentro da chamada literatura fantástica.

Highlights

  • paid little attention to the literature produced by working-class intellectuals

  • This is the case of Ernesto da Silva

  • He became known after the impact

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Summary

Beatriz Peralta García

A scena representa um salão luxuoso de largas janella para o campo. Ao levantar o panno. RESUMO A historiografia tem dado pouca atenção à literatura produzida pela intelectualidade operária, quer vinculada aos socialistas, quer aos anarquistas. É o caso do compositor tipógrafo e militante socialista Ernesto da Silva (1868193), conhecido pelo impacto de uma das suas peças teatrais, O Capital, mas que foi também autor de um conjunto de contos, textos dramáticos e teatrais publicados entre 1893 e 1903. Sob o nosso ponto de vista, alguns destes contos e dramas podem ser enquadrados dentro do “género fantástico”. O nosso objetivo é triplo: por um lado, valorizar esta literatura, pouco conhecida da historiografia; por outro, reivindicar a sua qualidade literária, muitas vezes desqualificada pelo seu intuito de difusão doutrinária; finalmente, fixar o lugar deste novo género dentro da chamada literatura fantástica. Palavras-chave: Literatura fantástica, Ernesto da Silva, Partido Socialista Português, conto, teatro.

DIFICULDADES CONCEITUAIS E TIPOLÓGICAS DO FANTÁSTICO E DA FANTASIA NA LITERATURA
ERNESTO DA SILVA E A LITERATURA DE FANTASIA ALEGÓRICA SOCIALISTA

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