Abstract
O presente estudo parte do princípio que o atual modelo de gestão ao atribuir centralidade ao diretor da escola não agrupada ou agrupamento de escolas pode ser um fator de erosão da gestão democrática e, consequentemente, de fragmentação das práticas de colegialidade dos profissionais. Para uma compreensão, no plano da ação, desta nova realidade, realiza-se um estudo de caso, a partir dos dados disponíveis, relacionados com o perfil do diretor da escola, bem como com a liderança exercida por este ator nos anterior e atual modelos de gestão. Neste âmbito, enfatiza-se como técnicas de recolha de dados o inquérito por entrevista a diferentes atores escolares, bem como a análise de documentos de cariz oficial. Os resultados deste estudo apontam para a existência de uma congregação de ações e lógicas afetas tanto a uma liderança de tipo empresarial e gerencial, como a uma liderança antagonista/reivindicativa, na medida em que o diretor procura junto do ministério da educação ter voz em determinadas decisões que afetam a escola. É neste contexto que são reveladas algumas dimensões dos diferentes tipos de liderança, uma liderança multifacetada,, rompendo com um certo mito de um tipo único de liderança, independentemente dos grupos que interagem, das situações imprevistas e das incertezas que venham a surgir no quotidiano de uma escola.
Highlights
Agestão democrática das escolas em Portugal, que emerge com a Revolução dos Cravos, encontra-se associada, entre outros aspetos, à democraticidade e eleição, à colegialidade e à participação (LIMA, 2014)
The present study assumes that the current management model by assigning centrality
to the director of the non-grouped school or grouping of schools can be a factor in the erosion of democratic management
Summary
Bruno Antonio Picoli Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, SC, Brasil Pricila Kohls dos Santos Universidade Católica de Brasília, Brasília, DF, Brasil Renato de Oliveira Brito Universidade Católica de Brasilia, Brasilia, DF, Brasil Elisa Ustarroz PUCRS, Porto Alegre, RS, Brasil. Liderança multifacetada e em contracorrente à erosão da gestão democrática: a ação de um diretor de escola. O presente estudo parte do princípio que o atual modelo de gestão, Decreto-Lei no 75/2008, de 22 de abril, ao atribuir centralidade ao diretor da escola não agrupada ou agrupamento de escolas pode ser um fator de erosão da gestão democrática e, consequentemente, de fragmentação das práticas de colegialidade dos profissionais. No plano da ação, dessa nova realidade, recorreu-se ao método do estudo de caso e apresentam-se dados relacionados com o perfil do diretor da escola, bem como com a liderança exercida por esse ator no anterior e no atual modelo de gestão.
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